É longa a manhã para um homem cuja pele é promessa. É uma espécie de desvio, de rio atalho. Um atoleiro azul. Nos outonos é pior: a beleza clichê, "olha que lindo", dizem. E a manhã segue alongada pela tarde, pelo crepúsculo, pela noite imperativa das estrelas.

O homem é apenas um futuro, um arcabouço, um pro mittere que se desdobra infecundo entre a esperança e a ausência do milagre.
Ilustração: Goya
7 comentários:
Pele de promessa é uma imagem que me comove, Rubens. Todo o texto, aliás, é de uma beleza que, para além do clichê, me aprisiona nesse "atoleiro azul'.
Obrigada por mostrar essas estrelas.
Estou certo disso!
Abraços
Já deve ter lido aqui, por inúmeras vezes, que o conteúdo de seu blog é de uma beleza ímpar.
Pode colecionar essas manifestações
porque, certamente, são legítimas.
cada manhã a ti pertence.
bjs
saudades
esse é de dentro da carne; como gostei! como gostei!
tá em Floripa? marcar um Iega qualquer hora...
beijão!
Primeira vez que venho aqui hospedar-me e acho que ficarei por um tempo.
Postar um comentário