24 julho 2007

:gris:
palavra de ordem neste agora.

palavra desordem infestando as janelas.

sem nada a dizer:
a boca espreme incoerências feito espinhas em costas adolescentes.

na tarde que se aproxima o sangue funambula seus ventos
de caos e febre

17 julho 2007




o silêncio adestrou-se. corroeu o que pode das entranhas e comercia seus espojos nos entremeios da vida. o silêncio carrega nos costados vasilhas e vasilhas de fúria estragada. dizem que seu tempo está próximo. ele não acredita. firme sobre os pés invade tímpanos estômagos. ainda estabelece seus diálogos com poetas alheios. o silêncio vaticina o destino. sempre.




® Rubens da Cunha





Ilustração: Gilbert Kruft