11 agosto 2015

Desmantelo

Verde demais nos olhos.

Talvez seja preciso ver mais cinzas compondo as distâncias, 
ou aqueles azuis-claro da infância à beira do rio.
Talvez seja preciso rir das memórias, das escaras e escadas deixadas pelo caminho. 

Não mais tempo de azares, de cipós entrelaçados nas figueiras, nos espinheiros.

Tempo sim de carnar o corpo seco da idade. 
Refestelá-lo em festas e frestas acontecidas no antes de agora.

Agora pergunto-me fuga, faca, fogo, numa aliteração qualquer.

Não respondo.

A falta de respostas é mais que silêncio: é o homem que sou.

É o desmantelo,