30 junho 2011

30 dias

30 cães e mães me corroeram
o esôfago: cartilagem acetinada que carrego dentro

são latidos e gemidos : meu filho meu dono meu tudo nao escape
não se perfume tanto no abandono

30 dias em que palavras foram doces amestrados
ametistas corroíras presas no jardim

30 estrangeiros estirparam meus ouvidos
e a falência de meus órgãos

sou um menino descampado
um príncipe pequeno
retificado na educação

e nos olhos ingênuos