o silêncio adestrou-se. corroeu o que pode das entranhas e comercia seus espojos nos entremeios da vida. o silêncio carrega nos costados vasilhas e vasilhas de fúria estragada. dizem que seu tempo está próximo. ele não acredita. firme sobre os pés invade tímpanos estômagos. ainda estabelece seus diálogos com poetas alheios. o silêncio vaticina o destino. sempre.
® Rubens da Cunha
Ilustração: Gilbert Kruft
8 comentários:
Olá, Rubens.
Nessa teia de blogs, acabei encontrando o seu.
Gostei do q vc escreve.
Esse texto, em particular, trata de um assunto q rumino a muito tempo, sem digestão q me satisfaça.
Voltarei.
o silêncio silencia-me.
ótimo!
abraços,
Í.ta**
Difícil falar em silêncio quando os ecos da explosão de Congonhas ainda retumbam nos ouvidos. Só mesmo um poeta fora-de-série como tu para fazê-lo. Grande abraço.
o texto-silencio adestrou-me
faço tudo que ele me dizer.
e ainda agradeço.
[jb]
muito bom, sim.
Como falam-me coisas belas teu silêncio...
hoje, se me permites, fico alojada aqui, por aqui.
Bjs
Luz e paz
"o silêncio carrega nos costados vasilhas e vasilhas de fúria estragada." Caraca... Esse texto é daqueles que se gosta tanto dá vontade de ser seu. ;) Abraço
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