17 julho 2007




o silêncio adestrou-se. corroeu o que pode das entranhas e comercia seus espojos nos entremeios da vida. o silêncio carrega nos costados vasilhas e vasilhas de fúria estragada. dizem que seu tempo está próximo. ele não acredita. firme sobre os pés invade tímpanos estômagos. ainda estabelece seus diálogos com poetas alheios. o silêncio vaticina o destino. sempre.




® Rubens da Cunha





Ilustração: Gilbert Kruft



8 comentários:

Natália Nunes disse...

Olá, Rubens.

Nessa teia de blogs, acabei encontrando o seu.

Gostei do q vc escreve.
Esse texto, em particular, trata de um assunto q rumino a muito tempo, sem digestão q me satisfaça.

Voltarei.

ítalo puccini disse...

o silêncio silencia-me.

ótimo!

abraços,
Í.ta**

Anônimo disse...

Difícil falar em silêncio quando os ecos da explosão de Congonhas ainda retumbam nos ouvidos. Só mesmo um poeta fora-de-série como tu para fazê-lo. Grande abraço.

[jb] jotabê disse...

o texto-silencio adestrou-me
faço tudo que ele me dizer.
e ainda agradeço.

[jb]

Anônimo disse...

muito bom, sim.

Anônimo disse...

Como falam-me coisas belas teu silêncio...

Conceição Paulino disse...

hoje, se me permites, fico alojada aqui, por aqui.
Bjs
Luz e paz

Fabio Rocha disse...

"o silêncio carrega nos costados vasilhas e vasilhas de fúria estragada." Caraca... Esse texto é daqueles que se gosta tanto dá vontade de ser seu. ;) Abraço