
a fera que me come as carnes
não tem feriado: tem fome
e tem fácil
meus pedaços nobres
a serem oferecidos às visitas
e meus miúdos
para o ensopado da segunda-feira
não tem feriado: tem fome
e tem fácil
meus pedaços nobres
a serem oferecidos às visitas
e meus miúdos
para o ensopado da segunda-feira
Ilustração: Lucian Freud
8 comentários:
Casou bem a imagem de apatia da personagem retratada na pintura com esse eu-lírico.
Abraço!
Gosto muito da sonoridade de fera/ feriado/fome/fácil/oferecidos/feira. Leva à ferida, implícita e exposta que o poema traz. Valeu Rubens!
Muito bom... Gostei também de atualizar em tão pouco tempo... Tomara que dure... A poesia, sempre e teus post...
Abraço!
Suas escritas são quase que sagradas. Perfeitas!
É fato que tudo, aqui... É um banquete... Em letras.
:)
E aqui, a poesia é farta; rico alimento caríssimo!!!!
Grande Bjo
Opa, Rubens. Tudo bom? Estou chegando agora e conhecendo o seu trabalho. Senti sua poesia como uma feridinha que dá alívio em coçar. Hehe. Quanto ao poema, eu chamo essa fera de TEMPO.
Saudações!
E por acaso existiria missão mais nobre do que a de servir?
Carne saborosa...rsrsrs
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