02 janeiro 2006

Primeiro


o tempo aferroa seus filhos

apregoa-se nas unhas
vértebras e tornozelos

gosta de ver a carne macerada
entre rosas e vidros

gosta de não morrer
a cada 1º de Janeiro.




® Rubens da Cunha
Ilustração: Carla Gonçalves

6 comentários:

Anônimo disse...

poeta sacana...
(no bom sentido)

vou ter que colocar voce de novo na minha atualização?

(tá pensando em vir ao Rio? me avise com antecedencia. eu moro no Rio, mas longe do Rio, sacumé?)
mil beijos e mil letras em 2006

isabel mendes ferreira disse...

sempre muito bom....beijo.

Anônimo disse...

ah, o tempo

entao é ele que formiga a sola dos meus pés todos os dias e ordena:
caminha, rapaz, caminha...

[jb]

douglas D. disse...

de tirar o sono!

astrophil disse...

Muito bom o texto, assim como o blog em geral. Gostei desta "dor do tempo" e dessa brisa nocturna que vem da Hélade...

Aproveito, também, para agradecer a sua visita ao meu blog.

Anônimo disse...

é a dor da perseveração...

belo começo de ano!

saudações