
nesse meu todo corpo
enfeixado de sodomas
sei dos alfinetes que deliram nos parques
sei das luzes baixas que acompanham bocas
sei dos vermífugos dados pela mãe
tá com bicha esse menino
se ela soubesse que a ordem ora pro nobis era outra
era outro o deus nas alturas
as hosanas nas alturas
sei ainda do escuro discurso
das éguas baias
da baixa água que circula o ventre
nada contém o destino
a mão fêmea e taciturna resvala-se reto a dentro
curva-se intestina e adormece solitária
imune a vermífugos, imune a coincidências e esperanças maternas
a mão fécula fezes fácil do destino não sonha:
insonha-se: acre e álacre
Imagem: Renné Magrite
10 comentários:
Simplesmente DUCARALHAÇO.
O fim é o rasgar de tudo.
Que se foda os chatos teóricos também mano.
Aí se der e puder meu querido te espero aqui em Barra Velha dia 27 para uivarmos no Bar do Samurai e derretemos tudo em poesia.
Beijabraços meus, da Maeles e da nossa filha Maria Luiza Malu.
no fundo
ninguém sabe
a mão/mãe
que nos cabe...
Passei pra bisbilhotar seu blog... gostei.
Voltarei.
Bj
Rubens, um poema que exige ser relido, ser novamente visitado: em uma única leitura - mal desse tempo! - escapa tantas nuances, tantas possibilidades.
Abraços!
Olá, Rubens. Muito bom poema. Como já disse, me encantam tuas mulheres. E tuas éguas, porcos, cães, me encantam.
Grato pelo momento.
Gostei, muito e várias vezes
lindo.
http://1milhogrande.tumblr.com/
Muito lindo o teu espaço, concerteza voltarei mais vezes, se desejar faça uma visitinha ao meu, ficaria honrado com a tua visita http://joselito-expressoesdaalma.blogspot.com/
Além de muita poesia (e desejar que em 2012 consigas atualizar mais o Blog...) passei para deixar um abraço de amizade e reconhecimento!
Que nesta nova etapa possamos criar novas oportunidades, colher conquistas e inspirações...
Abraço Rubens!
muito lindo!1
bjos...
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