no corpo de minhas mulheres
um oco baixo me acontece
a milhares de anos e léguas
minhas mulheres são medusas
talvez até fossem éguas se me permitissem a rima
minhas mulheres são granfinas
suas orelhas permanecem virgens a insultos
se lhes digo putas ouvem dálias
se lhes digo cadelas ouvem mar
e olham-me com carinho, como se de carinho fossem feitas
minhas mulheres rarefeitas em miséria, em virilhas
novilhas cruciadas
carnadas para meu prazer de homem
tenho remorso por comer minhas mulheres
sem lhes temperar, sem dizer que tudo não será abandono
que o dia seguinte é um útero
um vórtice de carne e travesseiro
e que talvez suas orelhas virgens possam entender, atender a ligação
30 julho 2011
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6 comentários:
a carne
crua
a vida
cruel
Se apenas a palavra é dada... imaginação..
Se o instante transforma-se em vida... corre nas veias algo de mim... algo de ti... algo do que seríamos nós... sem que agridam as palavras, sem que se condene os gestos... há ali apenas o fato de que dois já foram um e hoje é dividida novamente a alma e entregue a carne crua...
....granfinas...virgens a insultos...ehehehe, ficou até engraçado. Saudade das suas poesias.
Abraço
Maeles
Imagens bem densas e interessantes.
Braços.
oi
adorei o seu blog
me segue ? , estou te seguindo
escrevo poesias e crônicas
enfim , coisas q precisamos simplismente vomitar
se vc quiser eu divulgo vc no blog ,
bjos
http://anaomenstruado.blogspot.com/
bah! gostei muito... Parabéns Rubens, adoro entrar aqui no teu blog.
Grazi
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