31 outubro 2008
21 outubro 2008
15 outubro 2008
Fotos do lançamento do VERTEBRAIS
Fotos de JORGE SILVA

A poeta Clotilde Zingali lendo a Vértebra: 'pai lavra-nos', atrás uma das ilustradoras: Helga Tytlik.

A poeta Clotilde Zingali lendo a Vértebra: 'pai lavra-nos', atrás uma das ilustradoras: Helga Tytlik.
Tantos olham-me.
Tantos colhem-me imaturo.
Tenho por eles o que faço por mim:
saídas laterais,
rotas de cobiça,
fingimento de boca.
Dentro, a palavra-exílio
tortura meu excercício de poeta.

A atriz Angela Finardi lendo a vértebra: 'feminino adentro'. Em novembro Angela estréia no teatro o monólogo "A Confissão", baseado em um conto meu.
"a vida serve serva nua agasalha-me ventre vadio de constelações digo-me fêmea faça a limpeza deste pecado restrito às manhãs nos motéis teu homem espera riste de carne formigar peito perna dentro teu pai deve saber dos atrasos latidos cadela cheia que és"

aqui, eu, no final da festa, pós-parto, ainda meio desacreditando que esse já nasceu, e lá estou de novo com o ventre livre.
12 outubro 2008
Palavras emprestadas 12 - Adriana Versiani
Ensaio
Do livro "A Física dos Beatles"
p.s. pode ser lido ouvindo a canção abaixo, porque Adriana também é mais líquida do que sólida.
Cachaça cortina cerrada meia luz tudo cerca: Venho aqui para ver o que se passa. Oco linhaça ferro podre por dentro tudo cerca: Vim aqui por ter ouvido o que se passa. Luz na cortina dança cachaça tudo cerca: Volto aqui para saber que tudo passa. Ferro ouro podre cortina de fumaça meia cerca esgarça.
Do livro "A Física dos Beatles"
p.s. pode ser lido ouvindo a canção abaixo, porque Adriana também é mais líquida do que sólida.
07 outubro 2008
Asa de mármore
tento ventar-me:
ventilar-me mesmo.
homem seco:
sacro desuso.
não tenho tempo
de temporar-me quase.
peso e queda
compõem meu vôo:
asa de mármore
nas costas frágeis.
ventilar-me mesmo.
homem seco:
sacro desuso.
não tenho tempo
de temporar-me quase.
peso e queda
compõem meu vôo:
asa de mármore
nas costas frágeis.
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