nas costas de quem te carrega.
És madeira para caibros,
para mangueiras e currais.
Aprisionas bem bois e porcos.
Isso és quando te deitam
fora da capoeira.
Antes, te fazes
casa de sabiás e sanhaços.
Na tapeçaria de tuas folhas
ávidos marimbondos
fornicam, vivem, morrem.
És frágil frente à tucaneira,
o cedro, o garapuvu.
Apenas o teu nome
te defende: Inhoçara.
P.S.
Nas terras de meu pai há uma árvore muito comum.
Ele sempre a chamou de Inhoçara.
O oráculo Google diz que não existe tal nome.
Acredito mais em meu pai.
6 comentários:
nossa, que poema lindo.
vou passar mais por aqui!
ps: O Enzo comentou das tuas crônicas.
um beijo!
Rubens:
Também adorei a leitura, pois como um pretenso aprendiz de filológo gosto de vasculhar as palavras e os significados. Viajei no universo do sujeito poético também na seqüência - a nudez e continuo a leitura...
Obrigado pela visita e deixo-te o meu e-mail: thackyn@yahoo.com.br
Um grande abraço do amigo
Eustáquio Braga [Thackyn]
frágil e forte....
fortísssimo.
abraço.
melhor defesa impossível.
o nome.
a palavra.
a força.
O que mais me agradou foi: confio mais em meu pai... Coisa mais linda!
E o google não é nada infalível, antes pelo contrário. Como nós...
beijinho,
Regina
Gostei muito do poema e é tão bela a palavra, tão sonora...
"inhoçara"
merecia ser título de livro,
nome de mulher...
Voce é muito fecundo e consegue
fazer poesia para todo o gosto.
Fatima.
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