11 maio 2008

Banho

dia todo sob o chuveiro
vontade de lavar-se dentro

o sabonete
de tanto conhecer a pele
foge ralo abaixo

nos olhos duramente lavados
duas estiagens absolutas


© Rubens da Cunha

9 comentários:

Anônimo disse...

ficou limpo Poeta... limpou?!!!

"olhos duramente lavados"... quanto peso... "singelamente" lindo...

bjos Poeta...

Anônimo disse...

"vontade de lavar-se dentro"...quisera ter sido eu a escrever esse verso magnífico...fantástico! grande abraço.

Ilaine disse...

Rubens!

Nos olhos duramente lavados
duas estiagens absolutas


Que tão belo poema.
Admiro você!

Hélio Jorge Cordeiro disse...

"Vontade de lavar-se dentro" Bonito, concordo.

Pedro Pan disse...

, "vontade de lavar-se dentro" e "nos olhos duramente lavados" versos magistrais! parabéns.
, abraços meus.

Cristiano Nagel disse...

eitcha que a palavra selvagem vem surgindo.... hehehe abraços e até sabado...

Amla disse...

a tua poesia muito depurada e clara. mas cheia. forte e que nos agarra em cheio.
Bjs
Luz e paz

Beto Mathos disse...

Lavar-nos por dentro. Quem dera sempre pudéssemos, como se a rotina do banho fosse.
Belo texto!

Lua em Libra disse...

Rubens,
não tem chuveiro-banheira-mar que remova as dunas que habitam os olhos das noites interiores acesas.
Abraço, querido, gostei deste, pra variar.