o mundo lá fora exigindo minha voz
a essência que me permeia fica quieta
tempos de inverno
sobrevivo olhando a fronte de alguns
à frente de mim mesmo
sou homem de recursos escassos
sei pouco daquilo que emprenha
as vítimas de minha sedução
quase mês sem gritar
quase mês sem soletrar a dor
por isso escamo feito peixe
caixa de carne triste
azedumes contemporâneos
ainda restam gemidos
- melhor -
ganidos palavrosos
deste seu cachorro sem escolhas
Rubens da Cunha
15 agosto 2007
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10 comentários:
Até que enfim voltou!!!
Gostei! Ficou especialmente misterioso pra mim o cão sem escolhas (ou plumas)... Abração
Há os que hibernam para sobreviver...
Cada um com seu modo sazonal de ser.
belo retorno!!!
E vai parir!
Quem disse que homem não dá a luz?
Um abraço, Rubem.
Oi!
Cara, muito bom.
Abraços do amigo *CC*
o afastamento é bom. de pouco em pouco...
um belo retorno, realmente.
abraços,
Í.ta**
Rubens da Cunha,
Bom dia.
Meu nome é Márcia Sanchez Luz. Escrevo em Blocos Online e tenho meu blog: http://www.marciasl2001.blogspot.com.
Indiquei seu poema, intitulado Guindaste, para o "PRÊMIO CANETA DE OURO – POESIAS 'IN BLOG' 2007", idealizado por ANDRÉ L. SOARES e RITA COSTA. Para conhecer as regras desse evento clique AQUI. Desde já, desejo-lhe boa sorte. Participe, faça também as suas indicações e, juntos, vamos construir um dos maiores eventos relacionados à poesia, em blogs de idioma Português!
Abraços,
Márcia
...e nós aqui também a exigir essa tua "outra voz".
ab.
grande Rubens, o Enzo Potel declamou uma crônica (sabe-se lá se é possível declamar uma crônica...) tua aqui no último sarau benedito, embora distante, te fazes presente pela tua palavra...parece até aquele trecho bíblico "céus e terras passarão..."
hehe
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