vibra dentro
fibra de fumaça
vento
faz tempo que palavras sangram
periferias
enchentes
vazantes
meu país de amplitudes
ácida desventura
sobre a gente ameríndia
despontos cardeais
entortam bússolas
no centro a capital ilha-se
nas margens a vida escorrega
meu país de intransparências
ferve febre nudez natalina
é verão sob linhas imaginárias
banhemo-nos
Rubens da Cunha
2 comentários:
um belo poema, Rubens, e um blog dos bons. Abraço pra você.
"faz tempo que palavras sangram
periferias
enchentes
vazantes"
aqui eu me encontro nos seus versos, novamente (como sempre).
Maravilhoso.
Abraço
Í.ta**
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