Livro: Além dos Símbolos
Ed. Letras Contemporâneas
2003
O que me consola
Acordo-me olho, centro do cosmos, espalhando
sobre as luzes outra luz, a que enalteço
com os fogos desta vela esverdeada.
No livro do profeta escrevi duas orações. A
primeira
é bela com o vaso celta, a segunda horrível
como o seio das amazonas
arrancado e posto nesta taça.
Dependendo do dia,
noto-me alvo ou flecha.
Quando chove em Lisboa não é água
que me renova entre os vitrais
da imaginação desregrada. Amanhã virá
o Eremita, eu sei, nos bolsos o retrato
de judas, o sábio traidor que me consola.
Pericles Prade
04 abril 2006
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3 comentários:
So o nome do autor ja e uma poesia, ne nao? Pelo menos e uma boa aliteracao...Desculpa a falta de acentos...PC jurassico hospitalar. Grande abraco, guru!
Lindo.... Sempre... SE cuide abraços
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