10 março 2006

A Você que me visita

Teus demônios são de inferno que desconheço. Quanto a mim, expulsão total do país das maravilhas. Sem metades, inteiro. Gosto da memória, ela me acaricia, pena que por pouco tempo, por isso crio mundos, fantasmas, porcos, cevada, capivaras, animais e plantas. Pessoas não gosto, coitam-me demais pelos flancos. Tenho medo. E com medo não durmo. Arrependo-me por instantes, queria crucifixos, pregos carinhado carnes. Agraça-me teus gritos. Devolvo-te meu silêncio. Faça dele tua agonia e tua mentira. Vai te fazer bem um analgésico.

Rubens da Cunha

11 comentários:

Lucimar Justino disse...

estou com sono e cansado, meu grito é só um gemido, silencioso e profundo... fico!!!

obrigado pela visita!!!

Abs

Claudio Eugenio Luz disse...

Em dias de insonia, uma dose fração de analgesico sempre cai bem no estomago.

hábraços

claudio

isabel mendes ferreira disse...

...visitar-me talvez não lhe traga boas visitas....talvez seja melhor ficar noutras "casas"...embora seja um prazer recebe-lo.


até....

bjo.

Conceição Paulino disse...

hummmmmmmmm, k post. Obrigaa mas não quero esa receita.Bom domingo e k as coisas serenem :)

Edilson Pantoja disse...

Deixe a dor doer! Sem analgésicos, sem ópios, sem paraísos artificiais, sem subterfúgios. Sem memórias consoladoras. Sem saída. Como dar à luz sem dor?
Não, não leve a sério nada do que eu disse.

Kimu disse...

belo-texto-ferino!
raiva?!? volta delírio!!! (rs). Bjos.

Anônimo disse...

eu te visito....às vezes o analgésico não serve e a dor continua a doer..

Anônimo disse...

ácidos versos...dispenso o analgésico...sou verbo-masoquista... bjus

Anônimo disse...

Demonios de infernos conhecidos sao como amigos de infancia. Ja estava devendo minha visita de rotina a Casa. Abracao!

Anônimo disse...

Demonios de infernos conhecidos sao como amigos de infancia. Ja estava devendo minha visita de rotina a Casa. Abracao!

Larissa Marques - LM@rq disse...

Inventar mundos é o segredo para fugir desse, mas também não quero mais o "país das maravilhas", quero estar mas não ser desse mundo. Belo texto, denso.
Beijos.