19 janeiro 2006

Expulsão e paraíso compõem rotas da fé.
Esquálidos arremessos de esperança
sustentam o que será depois.
Nos altos, um Deus que gosta de altares.
Por aqui, uns fiéis que gostam de machucar joelhos.
Entre tudo, as catedrais da alma em culpa.





® Rubens da Cunha
Do livro: Casa de Paragens (inédito)

8 comentários:

Conceição Paulino disse...

católico ou não, mas se não te acautelas é excomungado na mesma....Bela imagem composta neste poema.
bj de luz e paz e bom resto de semana :)

Cláudio B. Carlos disse...

Oi Rubens!

Muito bom.

douglas D. disse...

muito bom!!!!

Anônimo disse...

não pode ser alma em busca? eu queria crer em uma divindade que cuidasse de tudo e todos...às vezes eu até creio...às vezes duvido... às vezes busco, às vezes fujo...às vezes, como hoje, não sei.
um beijo

Anônimo disse...

"Entre tudo, as catedrais da alma em culpa."

Que verso, Rubens! Um verdadeiro achado.

Beijo por ele.

Anônimo disse...

Rubens, cada dia sua casa é mais aconchegante. Bebi água da sua poesia.

Anônimo disse...

Se entendi bem, teremos livro novo em breve. Sou o primeiro da fila! abraço!
PS - Boos Jr chegou bem e saudável. Brigadão! Logologo vou cair naquelas Burabas.

Helena disse...

Também amei esta frase:

"Entre tudo, as catedrais da alma em culpa"

Somos fieis ao pecado e à culpa. Um não vive sem o outro. O melhor de pecar é saber-se culpado, e infiel, e rebelde e danado.

Depois os joelhos ralados.

beijos de afinidade,

Helena