Velejar à morte:
ilha musicada em fúria,
escopo e derrota.
Coral náufrago do nada,
anoitecerei Netuno.
2
Homem feito pedra,
Sísifo desconhecia
o céu da renúncia.
Quanto a mim, deu-se o castigo
de construir-me à desistência.
3
Pastor de visões?
No disfarce de Proteu
saber da resposta.
Se a pergunta me confessa
crucifico-me na insônia.
4
Aristeu, o traído,
arrependeu-se da dor
diante da inocência.
Em mim, Eurídice pisa
na serpente da angústia.
® Rubens da Cunha
12 comentários:
muito bom! muito bom mesmo!
,velejar. viajar. contar & assim poetar.
|abração e boas festas|
meu querido...
como passar 2006 sem dialogar poeticamente (ou não) com você!!???
Feliz natal
e um ano novo de sucessos!
mil beijos
day
Rubens
Que seja um novo ano cheio de esperanças.
Beijo natalino
cheio de referências que, infelizmente, desconheço ou conheço de ouvir falar.
Isso é a maior angústia pra mim.
Mas é bom. Muito bom.
[jb]
excelente. angustiadamente belo.
um natal de plenitude e conforto, poeta.
saudações
Olá Rubens!
Passando por aqui para desejar um FELIZ NATAL.
Abraços do CC.
grande texto..beijo e tudo de bom para 2006
Belo na dor. Blo na angústia. e Belo na poesia. Trinca das boas essa! Um gde beijo e obrigada pelas sempre gentis palavras.
b.e.i.j.o.
belos! os dois primeiso então, me encantam.
um beijo.
Rubens, você exagerou, superou Homero e apanhou Aquiles pelo calcanhar. Tudo de bom no ano novo é o que desejo para você e seus entes queridos. Fico aqui de cócoras pensando na chuva que cai lá fora.
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