17 novembro 2005

ao Rio que nunca mais fui


Nos dias em que vagante, bacante, reconheceu terras novas, sopesou a poluição das ruas, a tristeza no ventre das meninas, um certo desandar, dessangrar nos tórax dos homens. Nos dias em que foi mendigo, vasculhou Rios desconhecidos, não reteve quimeras ou andrajos de felicidade. Foi sim um pormenor na distância, um hai-kai em poema épico. Belo e inútil.

® Rubens da Cunha
do Livro inédito: Casa de Paragens
Ilustração: Manabu Mabe

10 comentários:

hfm disse...

Por mão amiga cheguei até aqui.
" Foi sim um pormenor na distância, um hai-kai em poema épico"
Podia ter encontrado melhor? Voltarei.

isabel mendes ferreira disse...

"belo" E "úTIL". bOM DIA.

Conceição Paulino disse...

hospedo-me e..quedo-me.silencio.nada se pode quebrar.nada quebrará.

isabel mendes ferreira disse...

não tens de agradecer...nós é que ficámos a ganhar....por te ler.bjo.

Anônimo disse...

Eu sei o que é isso:

sou uma estudante de Letras lendo Rei Lear no original!

Céus!
beijos

day

Kimu disse...

Um hai-kai em poema épico. Belo e tragicamente lindo. Ah...e não é que você me fez pensar muito no seu comentário? Bjos.

Cláudio B. Carlos disse...

Muito bom!


Abraços do CC.

Claudio Eugenio Luz disse...

Com que palavras descrever o imemorial, o que não está presente?
..
hábraços

nandi disse...

eu hein!

Anônimo disse...

Gostei. E que lindeza de Mabe heim?