Verbo dos inícios: cântaro.
pensar melindres:
escusa casa de si.
Ser o que labirinta
entre vencidos.
Ser fecho de intrigas,
entregas no latir do poema.
Ser pai da palavra:
outra moeda,
cara de cobre,
cobrindo as vergonhas
com as mão nuas.
Corroer o corpo minado.
Ser pétala da palavra:
estrume,
farelo de pedra,
raiz inculta.
Ser mãe da palavra:
matriarca do desaforo,
do desafogo.
Levantar o vestido
e alçar por entre as pernas
o sexo púnico do verso natimorto.
® Rubens da Cunha
08 setembro 2005
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2 comentários:
Uau! É isso. Só isso. Tudo isso. Abs.
Olá, as sutilezes das palavras estão escondidas em seus contextos.
belo!!
hábraços
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