13 outubro 2015

Rotina

Na televisão, amados impossíveis sofrem seus desafortunamentos.
Fora da televisão, a vida possível segue sob a chuva e declama-se ora pueril, ora fêmea trágica.

Entre a televisão e a vida o poeta deita-se ao lado de cachorros e gatos que dormem alheios.

O poeta vasculha-se enquanto ouve um diálogo açucarado, um carro velho gritando seu gás carbônico, ou a poesia escapulindo-se para dentro do sono dos bichos.

Um comentário:

Maeles Geisler disse...

A casa de paragens completou dez anos.
Já é um moço feito.