Fora da televisão, a vida possível segue sob a chuva e declama-se ora pueril, ora fêmea trágica.
Entre a televisão e a vida o poeta deita-se ao lado de cachorros e gatos que dormem alheios.
O poeta vasculha-se enquanto ouve um diálogo açucarado, um carro velho gritando seu gás carbônico, ou a poesia escapulindo-se para dentro do sono dos bichos.
Um comentário:
A casa de paragens completou dez anos.
Já é um moço feito.
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