13 maio 2013


são voos circulares por sobre a carniça: a beleza é maior à distância

por quantas vezes terei que voltar à casa?
quantos quilômetros terei que voar até que se me impeçam as asas?
até que eu saiba os limites desse abismo-urubu que me sedimenta?

pouca altura pouco me interessa

ser pássaro de voos altos é nobreza que resta a esse corpo sem boas-novas
corpo que é apenas o estômago 
e mais alguns órgãos proparoxítonos

que se esvaem dia-a-dia





4 comentários:

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Tai o Cunha de volta como sempre afiadissimo!

Fabio Rocha disse...

Ainda me leio em sua poesia. Abração, amigo!

Emília Silva disse...

Olá, vim por curiosidade visitar este agradável blog e tenho a dizer que é um espaço inovador, e que contém poesia linda.Segui este blog.Se não for muito incomodo, venho por este meio propor, que visite também o meu cantinho.Aqui fica a sugestão http://emilysilva2010.blogspot.pt/

Mara faturi disse...

Ahhh!! Rubens...
que bom que a tua poesia nunca se esvai;))
Abraço com saudades!!!!
*As pessoas deixaram de ler os blogs, não?? acho que o negócio é postar no "face"...reluto um tanto, mas nossos blogues estão tão abandonados:(