22 agosto 2009

Tragédias breves e anônimas V

1
O cinema no centro da cidade. Cartazes velhos.
Lá dentro pode ser o homem que não deve ser.
Alguém se ajoelha a sua frente, reza gostoso o pecador.
Quando sai o sol avermelha um pouco mais a culpa.

2
A boca ainda úmida do último esperma.
Seis horas dentro do cinema.
Com fome ainda, João espreita, escolhe, ajoelha e continua sua oração, sua ração diária.

8 comentários:

Cláudio B. Carlos disse...

Putz!

...

jorge vicente disse...

o prazer do pecado. e da reza virginal.

ajoelhado
sugando e triturando a carne.

grande abraço
jorge

Marco - uma cena poética disse...

somos leitores dos seus escritos.

O Blog “Marco – uma cena poética” visa publicar o processo de montagem da CIA Rústico Teatral, contemplada no Edital de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Joinville (FCJ) A peça "Marco" é baseada no “Livro de Marco” do escritor Flávio Carneiro e acontecerá suas apresentações nos 07 e 08 de novembro de 2009.

Faça uma visita.
CIA Rústico Teatral
Joinville-2009

Alberto Ferreira disse...

Oi Rubens.

Meu Deus, que tristeza que dá ler isso.
Gostei mais das tangerina.

Um beijo.

Alberto.

Alberto Ferreira disse...

Oi Rubens.

Meu Deus, que tristeza que dá ler isso.
Gostei mais das tangerina.

Um beijo.

Alberto.

ítalo puccini disse...

tu é f***! rs...

um soco atrás do outro.
quando virá o próximo livro nocautear?

Ricardo Valente disse...

Desejos, que não se assume. O tesão fica sempre no escuro.
Muito bom e real, sem medo.
Abração!

Marjorie Bier disse...

"Cobrí aquele homem de uma tesão incontrolável
depois me mandei, mudei de hotel
leviana como sempre
rasguei sem ler as cartas, eu não me importo
com o sofrimento de ninguém"

Gostei daqui!

Besos