07 outubro 2008

Asa de mármore

tento ventar-me:
ventilar-me mesmo.

homem seco:
sacro desuso.

não tenho tempo
de temporar-me quase.

peso e queda
compõem meu vôo:

asa de mármore
nas costas frágeis.

13 comentários:

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Só mesmo uma mistura de Ícaro com Atlas, para suportar tamanhas palavras, ou quem sabe apenas um poeta como você.

Jura Arruda disse...

Rubens, meu amigo. Tenho compromissos hoje à noite e não poderei ir ao lançamento de sua caixa-poema, mas desejo-lhe muito sucesso, que suas palavras ecoem sem fronteiras. Certamente em breve, tomarei contato com sua nova obra para deleitar-me com cada vértebra de seus versos.

Um grande abraço,

Jura Arruda

isabel mendes ferreira disse...

é de mármore a tua escrita....que fica....em talhe que o tempo há de talhar.


beijo.


grata.

CASSIANE SCHMIDT disse...

Ah, mas que maravilha está casa de paragens!

Cláudio B. Carlos disse...

Belíssimo!

Grande abraço,

*CC*

Vivian disse...

...asas de mármore,
mas coração de pluma,
manancial de poesia.

bjs

Anônimo disse...

asas devem pesar mais que o mundo.

Anônimo disse...

Às vezes, alguns anjos concebem e não dão. Pesa! Tua asa de mármore está, contraditoriamente, quente, fervendo... Muito, muito bom poema. Abração!

Eremit@ disse...

da humana condição.
frágeis costas asas de pedra.
Parabéns por seu novo livro amigo.
Fraterno abraço

Fá menor disse...

Quantas vezes as asas que carregamos nos impedem o voo!!!

Bjs

Dario Duarte disse...

Como o caso da Ismália que via uma lua no céu e via uma lua no mar. Senti o mesmo desespero lindo.

Anônimo disse...

Caro Rubens:

Por Adriana Versiani soube que vc hospedou o Projeto valise 2008 em seu sítio. Agradeço-lhe por tanto. Fico contente que um escritor sensível e de inequívoco talento aprecie o Valise.

A propósito, estas paragens, convidativas, instigantes, pelos textos alazão, musculatura rija, poder de salto surpreendente, têm de ser recomendadas. Deep purple! Muito bem recomendadas. Já o fiz no Valise.

Aproveito para convidá-lo a integrar o Valise, projeto que é coletivo, aberto aos peões, vaqueiros, cavaleiros de capa-e-espada.

Que tal? Digo que sua tropa e seus alazões puro sangue serão muito bem acolhidos!

Um forte abraço,

do Marco Aqueiva.

LuzdeLua disse...

não tenho tempo
de temporar-me quase.

Que bela postagem
Passando, deixo-te um abraço amigo