p/ Pimenta
Ele viajaria à noite. Europa. Trabalho.
Eu ligo, pode deixar. Ela desacreditou. Homens locais nao ligam. Este transoceânico ligaria? deu o número. Cedeu à velha e ditadora esperança feminina. Ele repetiu, chegando e me instalando eu te ligo. Ela vislumbrou verdade nos olhos dele. O chicote da esperança fustigava-lhe as carnes.
Dois dias depois.
Já deu tempo. Avião nenhum caiu. Claro que não liga. Estúpida. Seria a última noite de espera. Em casa, sozinha. Banho demorado. A mão dele parece que nao viajou. Estão ali, mão e língua, no entre as pernas, fazendo o que deve ser feito em uma mulher.
Dorme. Não Dorme. O telefone ao lado. Última noite de espera. Calcula o fuso horário. Já tinha tido tempo de se instalar. Resolveu se despedir. Melhor, matá-lo.
Trinta e três dias depois.
Insônia. Telefone ao lado da cama. Um fantasma vem lhe penetrar todas as noites. Sentada à janela, a esperança ri com um chicote nas mãos.
5 comentários:
ai, ai, ai...
quantas vezes estas história, ad aeternum, haverá de repetir-se?
esperas...
Beijos, poeta
forte esse.
hummm... isso que é um homem de talento hein... Poeta, ficou ótimo, pegou o sentimento todo da história... sabia que tem outro fazendo com a mesma idéia?!... depois te mostro o resultado dele... mas o seu, ficou ótimo... lindo...
beijos Poeta... MARAVILHOSO!!!
my humps they got u ;)
Excelente! Conteúdo, forma, criatividade, capacidade de prender o leitor.
Querido, abraços!
Priscila Lopes
Cinco Espinhos
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