27 junho 2008

Para ler aos gritos

trânsito de vento

a liberdade

amacia folhas
peles
papéis

a liberdade
acaricia

os desníveis do ser

e soa

sonha intrínseca no
sangue humano

e inumano

que o livre
desescolhe morada

o livre aporta
sobre coisa qualquer
que se faça
recipiente

escolhas
escalas
escadas barítonas
da palavra

o livre livra
todo
corpo cárcere

o livre abre
expande
esclarece
verbo pleno

plano de vôo e fuga

águia gavião

libélula

liberdade ave
de arribação

ave mítica
fênix
pégasus
ícaro

ardência nos costados

tangível apenas
pelo espelho
concêntrico
do sentir-se

liberdade

poema invisível
ausente

preenchido
somente
com desejo
e delírio

4 comentários:

Anônimo disse...

sim!
li aos gritos!

"que o livre desescolhe morada o livre aporta sobre coisa qualquer que se faça recipiente"

bateu forte
bjinho

Simone Gois :) CotidiAmo :} disse...

Olá amigo poeta,

Apesar de há tempos seu blog figurar entre os meus links "tudo de bom", e ser leitora assídua do seu blog, só agora passo por aqui para dizer o quanto aprecio o teu texto.
Tudo bom querido,
Sucesso!
Simone

Simone Gois :) CotidiAmo :} disse...

digo, "tudo de bom querido"

ítalo puccini disse...

liberdade a ser gritada em silêncios.

em páginas de livros em branco.

muito bom!