Carolina nasceu calada
atrás do vidro azul.
Cresceu transparente:
silêncio de vento vazio.
Carolina sonhou cântaros.
Catou gris pecados
no fogo fêmea
da fina ilusão.
Depois que tudo
foi apedrejado pelo tempo,
Carolina coseu para si
um manto de renúncia
e desmaiou, órfã,
sobre a lápide da palavra.
29 junho 2008
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8 comentários:
rubens,
poesia assim
...
(não arrisco adjetivar)
lendo o comentário do douglas... eu, que ia dizer triste... calo.
beijo
Sabe que gostei? Abraço e prazer.
o Douglas tem toda a razão...grande abraço.
Carolina... volta... vem eu te pego... vem Carolina, vem.
Lindo...
bjos Poeta
Dio mio, concordo com comentário do Douglas...é tão maravilhoso este poema, que tb não posso adjetivar...voltarei sempre aqui,
gostei de tudo!
bjo
Viajo aqui nos seus versos, deixando o pensamento voar na renúncia que se faz em manto e se curva à palavra. Renunciar, também é escolha. Comos sempre, seu espaço azul é azul de belas paisagens, cenas e sons.
Abraço
coser... que verbo com força poética, não?
é da clarice a frase: "alguns cosem para fora; eu coso para dentro", não é?
abraços,
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