17 junho 2008

fogo baixo

o corpo
queima lento
comemora
as cinzas
a memória
sangra
na tarde sísmica

e
- criança desusada -
perde-se

8 comentários:

Fátima Venutti disse...

Meu comentário:

SEGUNDOS

Fátima Venutti


Quando a tua poesia adentra
Na retina dos meus sonhos,
Quando os teus versos
Raptam viagens surreais,
Quando a tua gramática
Rasga o dicionário do meu corpo
E incita minh'alma a voar,
Quando o teu cheiro
Invade e rouba o meu espaço...
E busco no teu olhar um refúgio
Para meus íntimos arroubos
Aí é que se rasgam as capas,
Aniquilam-se os medos,
Reeditam-se os dogmas,
Evaporam-se os tabus
E eu me entrego
Libertina e voraz
No refúgio completo
De um único e insano beijo.

LuzdeLua disse...

Passando para conhecer, achei maravilhoso tudo por aqui. Voltarei. Deixo-te um abraço amigo.
Bjs

Anônimo disse...

a memória...é tudo, e tantas vezes nada. texto alucinante de tanta densidade. abraços.

Anônimo disse...

Amei este "desusada", plurissignificativa e rica em teu poema!
bj

isabel mendes ferreira disse...

altíssimo o teu olhar.



sempre tão por dentro!!!!


belíssimo R.


________________beij_______O.

Anônimo disse...

Rubens:

Vim fazer uma visita e te deixar um abraço, mas deixarei também um poema que fiz em Blumenau...


PENSAR

A margem
Penso viver
Tecendo a rede
Em busca do saber
Tudo isto ocorre
Nada se perde ou morre
A vida em descompasso
Verso que não penso
Faço
Pensar em vão
Dá calo
Coágulo em mão
É falo...

Abraço


Thackyn

Eustáquio Braga [Thackyn] disse...

MINUTO
Thackyn

Pisco os olhos
Em um segundo...
Inerte e mudo
Espero-te palavra
Para formar versos
Que fogem do céu
Da boca molhados
Poesia que volta
Tudo em um minuto...

LuzdeLua disse...

Já então, para desejar uma boa semana e também agradecer. Obrigada sempre.
Deixo-te um abraço amigo
Postagem maravilhosa essa.
Bjs