04 março 2008

pesa o desejo
espírito disfarçado
em pássaro

peca o desejo
sempre a mesma hóstia
sob a carne consagrada

peça o desejo
e lhe será dado
mais que

que o milagre da palavra

11 comentários:

Anônimo disse...

Amém poeta!!!! bjos

devaneiosaovento disse...

Olá Rubens

sempre um prazer "ler" você, sempre uma surpesa, trazendo intimamente alguma respos ou um encontro quem sabe intimista para justicar tais sentimentos, ou fatos
são os reflexos, digamos
"humanos", na essência, de pequenas coisas ou sentimentos
pode parecer meio estranho, mas esse poema tem o tema "Desejo", e por coincidência, adquiri a série "Desejo" onde narra a trágica trajetória
do nosso grande Euclides da Cunha em 1909, em um momento, Ana de Assis, sua esposa, para justificar seus vazios, suas buscas, seus desejos como mulher em se sentir amada,desabafa, sua paixão por Dilermando, dizendo "...você me enche de versos, mas versos não me dão o que preciso, amor, amor, desejos..." (obviamente que estou aqui lembrando o tema da poesia, com a série)
e depois da tragédia que todos sabemos, Ana já com seus cabelos brancos olha fixamente para "nós" e diz: "Sim eu errei.Errei, mas amei"


um abraço Rubens, desculpe ai se escrevo demais da conta.

Suzana Mafra disse...

Convite:

postei no blog uma crônica dedicada à Regina Carvalho. Daí ela fez um haicai pra mim e postou no blog dela. Vale a pena ler os textos e acompanhar os comentários pra lá de humorados.

Abraços!

Priscila Lopes disse...

Querido...

Tem um e-mail para você. O convite ficou mais tentador. Você havia dito que o problema era pagar por aquilo... pois então!

;)

Abraços e poesia!

ítalo puccini disse...

belíssimo milagre!
sempre bom!

abraços,
Í.ta**

Anônimo disse...

Boa tarde. Desculpe o comentário. Venho informar que o link do post do Piano ("de acordes especiais") tem um poema de Isabel Mendes Ferreira. Agradeço a sua leitura.

Anônimo disse...

Lindo! Vc coloca muito bem suas palavras para brincar, Rubens! abraço

Anônimo disse...

Rubens,
Hoje com tempo maior pude me dedicar a leitura do teu blog, há algum tempo, não conseguia vir e ficar...
Enquanto lia você.. escrevi.o que segue abaixo que lhe dedico.

Íntima Fração
Andréa Motta

Para Rubens da Cunha

surdos meus pés
gritam a distância
disfarçada

curvos
adjetivados
pela hora tardia

das estranhas noites
contam espinhos
obscenos

turvos
semeiam
e colhem a palavra
09.03.08

Beijos,
Andréa

Atriz disse...

Eu não conhecia vc, nem de ouvir falar. Mas agora, através de um blog e outro e outro e outro, encontrei um tesouro!

Sua frase do livro Aço e Nada, que encontrei no blog do Invento, foi de uma clareza e inteligência, fora do comum!

Parabéns!
E este seu poema é simplesmente maravilhoso!!!!

bjs, Gisele
www.inventandoagentesai.blogspot.com

Anônimo disse...

Sem dúvida temos um menino poeta aqui nestas paragens. Muito bom!
A vida sem poesia?
Ah! quanta cor em vão.
Flores, riachos, estrelas
borboletas, amores
Pecados?
Sem poetas?
Quão monótona
branquesia...
Bj da Fatima de Laguna

Anônimo disse...

opa, estamos assumindo tons mais sacros por aqui...