04 setembro 2007

sob os pés olhos desenxergam formigas grãos de areia fezes invisíveis. trânsito efêmero de acontecimentos. dia a dia a terra em que pisamos aguarda a nossa carne com boca amarga e poeirenta. a terra cumprirá a sua vingança. o quanto de sangue e ossos tem este barro que de uns tempos pra cá disfarçamos com asfalto?

2 comentários:

Natália Nunes disse...

a quantidade de sangue é proporcional ao progresso...

hora tardia disse...

asfalto-me discretamente sob o peso da ternura. a mesma de sempre.

sempre o mesmo prazer de o ler.





beijo.

/piano.