02 fevereiro 2007

Palavras Emprestadas


ONDE À NUDEZ

Escrevo onde à nudez cabe o papel habitualmente atribu[ido a uma janela. Quando afasto as cores para no lugar delas não deixar senão a luz ou me debruço ao peitoril sobre os meus próprios intestinos, a ficção fica por conta dos relâmpagos. É como se habitasse uma cidade que tivesse um espelho por subúrbios e o mar viesse estilhaçar-se ao fundo da memória, onde se encontra o coração. Abro na página um buraco onde alicerço a casa, as letras vêm às janelas.

Luís Miguel Nava
..... eu também, Nava, eu também......

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