lançamento do livro Cordames & Cordoalhas, um projeto poético do Grupo Zaragata em parceria com a AAPLAJ - Associação de Artistas Plásticos de Joinville -
fronteira aberta ao que se desfaz entre sono e sonho entre mesa e messe entre casa e quase
dentro todo um crime de estanho acordando toscos pensamentos dentro sublevada a letra de silêncio passeia seus fonemas de aço e nada
Rubens da Cunha
08 novembro 2006
Ravinas corrompem a terra. Um mal estar fixo. Agudo. É trabalho de água esmorecer coisas sólidas, sulcá-las até o cerne. Lama ou pedra, meu corpo supõe-se forte, propõe-se parte do vício, compõe-se antítese ao provérbio: quanto mais me açoitam tanto menos me furam.
"Sou um homem comum, qualquer um, enganando entre a dor e o prazer. Hei de viver e morrer
como um homem comum, mas o meu coração de poeta projeta-me em tal solidão, que às vezes assisto a guerras e festas imensas, sei voar e tenho as fibras tensas e sou um. Ninguém é comum e eu sou ninguém."
C. Veloso