25 agosto 2005

Dizer

O barulho do sapo acordou a palavra.

Coaxa-me na garganta seu ritmo anfíbio.

Antes que o sono senzale meus olhos,
transcrevo essa melodia de escuros
num pedaço de papel higiênico.

Amanhã, recupero o descartável.



® Rubens da Cunha
Ilustração: Victoria Tchetchet

Um comentário:

Ricardo Mainieri disse...

Olha só que literatura mais anfíbia.Elementos aquáticos da emoção e terrenos da racionalidade.
Bom, muito bom mesmo.

Abração.

Ricardo Mainieri