Para Soraia Salomão
lá fora os anus-brancos passeiam
sabem dos fios, do ocre da vida
dos outros pássaros menores
que transitam entre o trânsito
aqui, o sangue segue seus dentros
sabe das veias e artérias
velhas escoriações do tempo
aqui, o poeta acusa-se
em antro e preguiça
escamoteia-se enquanto foge para
os buracos da tarde
anus e poetas são perturbações mínimas
nos fios de alta-voltagem
são fragilidades que se esmiúçam
enquanto voam
6 comentários:
São mesmo, estou certo disso.
Abraços!
Fragilidades que voam.
Você é encantamento, dor e suavidade rude.
Amo vc
ser poeta é mais difícil que eu pensava
Teus poemas são cavaleiros andantes, em desafio permanente aos
gigantes monstruosos da aridez, neste mundo carente de bons poetas.
Abraços!
que bom estar por aqui outra vez, rubens... há tempos que não te lia e já o primeiro me encantou.
abraço
ótimo poema, legal essa interação de dois em dois versos, estrofes curtas, parabéns, se possível dê uma divulgada no meu livro
https://www.clubedeautores.com.br/book/143079--Versos_da_Consciencia
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