15 dezembro 2010

cinzas espinham o corpo
que frio fia-se sobre o outro

tempo dos avessos agora

a dor crespa da espera
e
a espera vesga do fim

logo ali o apocalipse
os quatro cavaleiros
e suas espadas festivas

logo ali um sol menor
mentindo-se verão

e a pele cada vez
mais branca

transparência
teu nome é o soco
que consigo pronunciar

17 comentários:

dani carrara disse...

senti tanta força nesse nome. soco. nesse sol avesso.

"tempo dos avessos agora"

(parece nome de livro importante)

mto belo.

William Garibaldi disse...

Oi Rubens, eu sempre venho aqui, sigo e indico o Casa de Parágens.

É pra mim gratificante demais ter um contato tão rápido com a produção poética e o Poeta. É muito bom conhecer outros Cantadores...!

Olha sobre a promoção de natal, da tempo sim, vc pode decorar o Blog seguindo ou não o teu estilo de Layaut, p;ode aderir visivelmente a uma campanha solidária de qualquer natureza e localidade!
E boa sorte, dia 25 tem o sorteio e o resultado estará disponível lá no Versos de Fogo.
Grato pela visita que muito me honra!

Abração!

E a propósito lindo poema este... forte, intenso... me identifiquei muito !... com este momento!

Ana Ribeiro disse...

é quase possível sentir a dor do soco, do fim seco que chega sem muito anunciar. Talvez aqui, sejamos muito mais dor e muito menos cavalos.

L. Rafael Nolli disse...

Como sempre uma boa leitura encontro aqui:

"logo ali um sol menor
mentindo-se verão"

Interessante o livro Crônica de Gatos - tem um poema em meu blog sobre os bichanos.

Abraços!

ítalo puccini disse...

o tempo dos avessos é presente.

abração!

Alex Pinheiro disse...

Essa "espera vesga" foi demais.

Como parece dolorido se revelar.

Abraços e perturbadoras invenções!

Liza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
William Garibaldi disse...

Oi Rubens, voltei!!! rrrsss


Agora venho lhe desejar um Feliz Natal e Feliz 2011!
E que nossa amizade e contato floresçam cada vez mais neste próximo ano!

Um beijo de luz-poesia!

Wilka disse...

Ai que saudade de ler seus versos cortantes...mas com você a espera sempre é válida :)
um abraço.

Liza disse...

Tão triste esse poema...
Hoje é natal, quero que todos os tons cinzas que estejam no seu coração, sejam substituídos por cores alegres daquelas bem arregaladas!
E que os socos das transparências se transformem em suaves carícias...
Deixo um abraço carinhoso!

Betha Mendes disse...

Muito intenso.
Mesmo que um "sol menor" não queira brilhar na música da vida!

abçs

Betha

Janaina Cruz disse...

O fiar de um corpo sobre o outro, o calor de esperas o fim e o que não se consegue pronunciar... Tudo dentro de uma linda poesia, que encantou-me completamente... Associo-me ao blog seguindo o, para voltar sempre...

Anônimo disse...

poesia que flui e instiga, que segue seu curso, rio/mar. grande e forte abraço.

Zélia Guardiano disse...

Olá, Rubens!
Realmente, impossível não se parar aqui.
Encantei-me com seus versos!
Abraço.

Graziany Monteiro Gomes disse...

A poesia é fantástica...ela cheira, toca e se materializa por completo na alma de quem lê...estupendo deveras conhecer outros lugares encantadores através do eu-lírico...gostei muito de lê-lo caro Rubens, espero ter o prazer de ser lido por você...sucesso!

http://www.versoinfantil.blogspot.com/

M.Lodgard disse...

ola rubens, saca só que me aprontaram http://recantodasletras.uol.com.br/entrevistas/2746955

acho que preciso viajar, revê-lo, conversar com vc. sinto que preciso
pois embora tenhamos tomado rumos diferentes eu o tenho como um mestre.

Priscila Lopes disse...

cacete.