03 março 2010

Métrica da Pele


o corpo senzala a solidão

tudo reverbera
pérola cama folhas dedos

tudo recende ouro
outro tato testemunha
o dúplice o códice
o vórtice esmigalhado

a métrica da pele
amanhece imprecisa
esquece as saídas
as sombras do dia

e escande-se
gato sorte amor
por sobre os lençóis

e dorme de novo
em noivo silêncio
dentro da luz nua

do futuro



Foto: Amanda Spitzner no Exploding Plastic Inevitable

7 comentários:

Amanda disse...

Super homenagem!

ítalo puccini disse...

o corpo, sempre ele.

linda imagem,
belíssimo poema.

obrigado pelo comentário elogioso lá no um-sentir :)

abraço!

_vera_ disse...

casa mais clara:) Hilst lá no meu canto.

Simultaneidades disse...

Rubens querido.
Desejo que seus dias sejam plenos de amor , saúde e muita poesia.
Feliz anviversário!
beijos com carinho
Andréa

Unknown disse...

Não canso de ler e reler, gostaria de hospeda-la no meu blog também. Posso?
Pode fazer uma para os pregos, mas terei fotos melhores deles em breve, que tal?

Paulinha disse...

Olá Rubens, adoro o seu poema.
Tem aqui uma belíssima poesia repassada de sentimentos...
Ao ler o seu poema, dá vontade de o reler sei lá quantas vezes.
Parabéns!
Um abraç :-)

Tia conselho com poemas disse...

Adorei esse poema... muitobom mesmo... se puder entre no meu... tia conselho