23 maio 2009

Capítulo III

Mato adentro.
O homem perscruta o chão atrás de rastros, restos, vestígios que a porca tenha deixado.
Enquanto procura, também vai deixando seus vestígios para trás.

Uma passada mais forte amassando o arbusto.
O facão cortando os cipós, destruindo as bromélias.

Por um tempo ainda foi possível segui-lo.
Depois abandonou o facão, alguns restos de roupa ainda resistiram espetados nos galhos espinhentos dos pés de silva.

Depois mais nada foi visível.

A porca retornou no final do dia.

7 comentários:

Cristiano Nagel disse...

to adorando ..sempre surpreendes

abraços

Carlos Alberto disse...

O homem foi embora, e fantasmas foram sendo construidos nos locais onde existiam as marcas de suas pegadas.

Regina Carvalho disse...

Os porcos são mesmo mais inteligentes que as pessoas, concordo plenamente!
bj

Cláudio B. Carlos disse...

Gostei da série.

Grande abraço.

Hélio Jorge Cordeiro disse...

Tá certo. A porca vendo os rastros deixados pelo homem, achou o caminho de volta pro chiqueiro, enquanto o sujeitinho até hoje ningém dele teve notícia. Bem feito! Rsss

Anônimo disse...

A boa (nem sempre) filha à casa torna.

Anônimo disse...

Tô gostando...

obrigada pela visita, estranho...heheeh!!!