12 fevereiro 2009



Chove sobre a cidade continuamente. No corpo que me pertence, rio nenhum transborda. Água nenhuma incomoda os vivos. Sou líquido e seguro como convém aos mortos, aos que tem destino certo. Desconheço coisa outra que não seja margem, que não seja, logo ali, mar.


Ilustração: Marlene Dumas

17 comentários:

Anônimo disse...

Gostei...

... bom aqui...

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Conhece a chuva... e o banho de sol, que resplandece depois dela!
(estava no orkut, com o mail terra, desculpe a remoção do comentário anterior!)

Anônimo disse...

passo para deixar um beijinho.
maria

ítalo puccini disse...

e como chove!
somos líquidos.

muito bom!
grande abraço.

Hélio Jorge Cordeiro disse...

liquido e certo (!)

Anônimo disse...

texto alucinante....para ser lido várias vezes. belo e contundente. rica escrita. meu abraço, Rubens.

Vâmvú disse...

Lindo poema, como sempre.
"No corpo que me pertence, rio nenhum transborda"
Linda imagem poética.
Vou concordar como o Fernando Rozano aqui em cima... "para ser lido várias vezes. belo..."
Abração

Cláudio B. Carlos disse...

Muito bom, só pra variar.


Sobre o comentário lá no BALAIO: foi um elogio? Hehehehehehe.


Abraço.

Adrianna Coelho disse...


"Desconheço coisa outra que não seja margem, que não seja, logo ali, mar."

rubens,

tô gostando de ler vc e, olha, escolhe o poema pra eu cariocar (é só mandar por e-mail)

beijos

Dario Duarte disse...

"Desconheço coisa outra que não seja margem"

Respiro a intensidade.
Você é um homem de palavras vorazes.

*LIS disse...

bacana!
Parabens!

Claudia F. disse...

Graças por tuas gentis palavras. Tão vasto este mundo cibernético e encontro um 'amante' de Hilda que virá estuda-la em minha cidade! Se puder, me convide para a apresentação da dissertação, moro pertinho :))))
e graças também pelos poemas, slides (que já fiz um pra mim tbem) e tudo mais.
Abraços cordiais
Claudia

Cármen Neves disse...

Amigo, como vai? Espero que tudo esteja bem. Estou passando para te dizer que, fiz um link do teu blog. Um abraço,

:.tossan® disse...

Bela poesia! Abraço

A terra gira
e nem tudo muda,
pus-me a cantarolar
e sob a fantasia na vereda...
Era magia e emoção.
Brinquei, dancei,
e esbanjei energia.
Mas não tenho saudade...
Era carnaval!
*tossan

prestigie nosso blog
http://amigosnablogosfera.blogspot.com

douglas D. disse...

escrevi algo pra vc, lá no memórias...

Contos Contidos disse...

Maravilhoso...sem precedentes...queria escrever assim.
abraços