18 julho 2006

Poema à Meia-Noite

tenho cascos agruras
tenho a mancha
apontam-me na rua
falta-lhe o Filho falta-lhe o Filho

é chegada a hora de calar os agressores
quando receberem meu sangue-gozo
atenuarão o discurso

o Filho lhe foi benevolente

nas mãos de alguns ainda restarão pedras


® Rubens da Cunha

9 comentários:

Anônimo disse...

Que as pedras que atiram não estraguem a alma do poeta! Viva o Filho. Abraço poético -Paulo Vigu

douglas D. disse...

mãos sem vida, cheias de medo e raiva - já carcomidas, mãos amputadas de sol.

Dri Spaca disse...

Volte sempre, Rubens!!
Vou adorar.
beijos

Dri

Anônimo disse...

Poema forte, intenso como tudo que escreves...gosto...bj

Claudio Eugenio Luz disse...

Há a marca do sagrado e do profano em cada construção, meu caro.

hábraços

[jb] jotabê disse...

as pedras se formam a meia-noite, no antitempo existente entre a liquidez da pureza e a solidez fóssil do juízo.

[jb]

Lia Noronha disse...

Rubens: as pedras constroem e desconstroem ...continuamente!
Abraços carinhosos pra vc.

Anônimo disse...

não tenho dúvidas sobre as pedras nas mãos...e fico pensando o quanto fazeMOS quando as mãos estão desocupadas!
um beijo

Anônimo disse...

Rubens, tenho lido alguns destes últimos em voz alta e nem imaginas o fantástico que soam na "minha língua"!