18 agosto 2005

Des-Rio



Humano: desvio de sonho. Esquivo Deus de areia que não se arranca a cortes, que não se descasca a dentes. O homem condoeu-se de ser rútilo por dentro, apenas para ser esta lua imantada de temor por fora. Sangrar-se des-rio. Destinar-se estátua ao depois da morte é o merecimento válido dos feitos em descrença. O antes, na vida, fica por conta do sono e da sina de acordar auroras.
do livro inédito "Casa de Paragens".
® Rubens da Cunha
Ilustração de Paul Klee.
"Um homem com os olhos fechados é um destroço de si mesmo"
Milan Kundera in: A Insustentável Leveza do Ser

7 comentários:

Anônimo disse...

Maravilha seu blog, Rubens. O título é o melhor, não o melhor é o des-rio, ou não, tudo é muito-muito. Cara, você marcou mais um. Aquelabraço.
Marcelino

Anônimo disse...

Belo texto... E a citação me levou a mais uma sincronicidade. Hoje estou percebendo várias delas... Acabo de falar pra uma amiga do orkut com foto de olhos fechados a frase do Morpheus, em Matrix, pro Neo: "Open your eyes." Abraços cariocas

Anônimo disse...

Sangrar-se des-rio !!!
Bem vc. Lindo!

Anônimo disse...

Rubens,muito lindo o teu blog.Os textos postados são excelentes e a homenagem aos autores catarinenses foi uma idéia genial.
Voltarei muitas vezes e vou divulgar.
bjos,Tania

Anônimo disse...

Rubens,

Parabéns,

Seu blog está muito bonito e o conteúdo é sem comentários.

Abraço,

Umberto

Anônimo disse...

O Rosebud me enviou até aqui. Valeu a viagem.

Anônimo disse...

Estava passando e vi a luz acesa.
Resolvi entrar.

A chaleira está fervendo.

Estarei sempre parando para tomar um café.

[jb]