a língua fogareia
cheia de veneno
e
avança - cobra -
nos tornozelos
untados do poeta
ele geme
estanca delira
e
manca - morto -
em fome cumprida
de verso e alegria
cheia de veneno
e
avança - cobra -
nos tornozelos
untados do poeta
ele geme
estanca delira
e
manca - morto -
em fome cumprida
de verso e alegria
Ilustração: Odilon Redon
6 comentários:
AMEI!
bj
Poema magistral! Imagem forte e linda! Abraço
o "manca - morto -" foi o orgasmo do poema pra mim,,, rs
Abraços e pulsadas invenções!
redon é um dos pintores que mais admiro, há sempre algo dele lá pelos meus. e com a tua poesia junto...
Só faltou o verbo enrodilhar. O resto, está mortalmente bonito!
desculpe a falta de noticias, nem respondi ao teu ultimo comentario. a vida me atropela e, na maioria das vezes, eu que me deito lah, esperando ela passar. a letargia me consome. doi ate.
um dos seus poemas que mais gostei. mesmo, mesmo.
beijo.
alias, reli "a semente e a sindrome" -- sempre me assombro. fala como comprar vertebrais. manda conta, etc, etc.
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