Doem-me as costas.
O lado direito.
A dor vem da má postura frente a invernos teimosos
e do esconder-me atrás de dentes amarelos,
caspa e uma magreza de alma.
Doem-me as costas,
não porque quero ou preciso,
mas porque nas ausências arquiteto uma vida de granito,
ou granizo,
ou qualquer coisa que sólida,
substitui-me as células.
® Rubens da Cunha
Ilustração: Carlos Araújo
6 comentários:
A dor de esconder-se atrás de dentes amarelos... bonito isso,gostei!
saudações, Íta.
Dói o corpo inteiro. Por dentro. Lindo! Bjos.
Também gostei...
Abraços do CC.
Rubens,parabéns.Amei o poema que fala da busca de Solidez.
De uma forma ou outra, todos a buscamos.
bjos,Tania
gostei muito desta lombalgia pétrea, Rubens. Poema invejável.
Saudações do Cárcere
Bonito, Rubens.
Dolorido como sempre.
Beijo
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