16 novembro 2015

A espera.

O rio Paraguassu não lhe enche os olhos. Ela está preenchida pela espera.
Pede uma cerveja e dois copos, para disfarçar a raiva.

Olha os turistas:
gente estúpida demais nessa cidade, coisa estranha, esse povo vem pra cá pra ver casa velha e ficar na beira desse rio.

Ela não é estúpida. Escreve no celular: agora não precisa mais vir.
Atravessa a ponte e vai dançar no Flor de Lins.

Lá não tem espera nem disfarce.


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