todo dia o cotidiano atravessa o aparelho digestivo
estreito
túnel que
vai da boca ao fim
todo
dia a mesma minhoca nos
esfomeia
nos esfaqueia com
seus contatos de metal
se
por fora somos tato
por dentro somos um cinza gorduroso
difícil de lavar
somos um curral para as tripas
curra para as ideias de alturas
brancuras
ressurreições
5 comentários:
Muito bom, como sempre!
Um abraço português, meu amigo
Jorge
habita-me a poesia daqui.
obrigado.
... O cotidiano virou "novidade" nas suas linhas densas!...
Muito bom ler-te!
Abraços carinhosos =)
Sim, e para alguns, mais brancuras que ressurreições.
Um abraço!
muito bom!!!! gostei muito do teu blog parabéns
http://gargulasdark.blogspot.com.br
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