fiam-se - brancos e imaturos -
nos esconjuros perdidos da memória
os dedos adentram a pélvis
entre um grito e outro
o ouro do gozo
afrontando
o parco pouso do pecado
a língua
- que conhece a parte de trás dos dentes e dos dedos-
também repasta-se nas
finas salivas debaixo
6 comentários:
Mandou bem nos dois poemas. Sade sede cede... Você está nos devendo uma visita. Abraços.
Inspirador. Um poema carnal, cru, sensual. Gosto da estratégia que usastes de remeter às partes e daí ao todo, num crescente.
E "o ouro do gozo afrontando o parco pouso do pecado" é uma deliciosa definição de clímax, que se torna, inclusive, o clímax do poema.
Um abraço Rubens,
obrigada por partilhar teu talento com a gente...
Muito bom! (como sempre digo)
Você é dos grandes poetas do Brasil neste momento, amigo! Muitos abraços de terras lusitanas
Jorge
Pah Rubens..meu poema de hj é um pouco "gêmeo " do teu!!
Como é bom te ler!!!!
saudades eu tinha!!!
Bjo
Ahh e concordo com o Jorge Vicente;))
Vc é demais menino;))
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