cinzas espinham o corpo
que frio fia-se sobre o outro
tempo dos avessos agora
a dor crespa da espera
e
a espera vesga do fim
logo ali o apocalipse
os quatro cavaleiros
e suas espadas festivas
logo ali um sol menor
mentindo-se verão
e a pele cada vez
mais branca
transparência
teu nome é o soco
que consigo pronunciar
15 dezembro 2010
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17 comentários:
senti tanta força nesse nome. soco. nesse sol avesso.
"tempo dos avessos agora"
(parece nome de livro importante)
mto belo.
Oi Rubens, eu sempre venho aqui, sigo e indico o Casa de Parágens.
É pra mim gratificante demais ter um contato tão rápido com a produção poética e o Poeta. É muito bom conhecer outros Cantadores...!
Olha sobre a promoção de natal, da tempo sim, vc pode decorar o Blog seguindo ou não o teu estilo de Layaut, p;ode aderir visivelmente a uma campanha solidária de qualquer natureza e localidade!
E boa sorte, dia 25 tem o sorteio e o resultado estará disponível lá no Versos de Fogo.
Grato pela visita que muito me honra!
Abração!
E a propósito lindo poema este... forte, intenso... me identifiquei muito !... com este momento!
é quase possível sentir a dor do soco, do fim seco que chega sem muito anunciar. Talvez aqui, sejamos muito mais dor e muito menos cavalos.
Como sempre uma boa leitura encontro aqui:
"logo ali um sol menor
mentindo-se verão"
Interessante o livro Crônica de Gatos - tem um poema em meu blog sobre os bichanos.
Abraços!
o tempo dos avessos é presente.
abração!
Essa "espera vesga" foi demais.
Como parece dolorido se revelar.
Abraços e perturbadoras invenções!
Oi Rubens, voltei!!! rrrsss
Agora venho lhe desejar um Feliz Natal e Feliz 2011!
E que nossa amizade e contato floresçam cada vez mais neste próximo ano!
Um beijo de luz-poesia!
Ai que saudade de ler seus versos cortantes...mas com você a espera sempre é válida :)
um abraço.
Tão triste esse poema...
Hoje é natal, quero que todos os tons cinzas que estejam no seu coração, sejam substituídos por cores alegres daquelas bem arregaladas!
E que os socos das transparências se transformem em suaves carícias...
Deixo um abraço carinhoso!
Muito intenso.
Mesmo que um "sol menor" não queira brilhar na música da vida!
abçs
Betha
O fiar de um corpo sobre o outro, o calor de esperas o fim e o que não se consegue pronunciar... Tudo dentro de uma linda poesia, que encantou-me completamente... Associo-me ao blog seguindo o, para voltar sempre...
poesia que flui e instiga, que segue seu curso, rio/mar. grande e forte abraço.
Olá, Rubens!
Realmente, impossível não se parar aqui.
Encantei-me com seus versos!
Abraço.
A poesia é fantástica...ela cheira, toca e se materializa por completo na alma de quem lê...estupendo deveras conhecer outros lugares encantadores através do eu-lírico...gostei muito de lê-lo caro Rubens, espero ter o prazer de ser lido por você...sucesso!
http://www.versoinfantil.blogspot.com/
ola rubens, saca só que me aprontaram http://recantodasletras.uol.com.br/entrevistas/2746955
acho que preciso viajar, revê-lo, conversar com vc. sinto que preciso
pois embora tenhamos tomado rumos diferentes eu o tenho como um mestre.
cacete.
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