tenho erros e vísceras,
tenho materia mas me faltam penhascos
é o medo de ficar oco
de partilhar sombras e rasos
sou um mamífero,
melhor, inseto,
melhor, peixe qualquer dentro de um rio poluído,
daqueles que geram admiração nos passantes:
param a beira do rio e pronunciam:
pobrezinho, nada feliz no rio que imundamos.
Dou saltinhos por sobre a água
e agradeço à breve contemplação humana.
14 comentários:
tu
e
os
animais.
fantástico.
sempre.
abraço!
Engano poético:
A ti
não
faltam
penhascos
lonjuras
espessos
dentros.
Belo poema, caro!
CeciLia
nós, os homens ocos
porque de sombras alimentados
nem bichos nem coisas ou memórias
aqueles que crescem parindo silêncio
[longe...bem longe]
acabo de postar pra você lá nomemórias. obrigado pelas imagens que arrancas em mim.
seu imperfeito maravilhoso :) vamos escrever projetinho esse findi?
Gostei do que li, mestre Rubens.
Abraço,
Camila
ilimitada-mente.blogspot.com
Sou um desses humanos que passam
a observar teus saltos de peixe.
Sobreviventes
todos
e não imunes
ao (i)mundo.
Abraço amazônico, por hora em sampa.
agradeço à natureza
por permitir essa passagem...
e aos peixes toda a glória!!!
Beijos
Maeles
É realmente o medo de ficar oco... às vezes pareço viver num mundo de mundos ocos... talvez eu habite o oco. O que há no centro do oco?
Adorei o blog...
adoraria uma visita sua ao meu:
www.escorpiaodesois.blogspot.com
é tão urgente ter penhascos...!
lindo verso!!! uma tarde tão mais iluminada depois de visitar suas paragens...!
O salto sem penhascos, a jornada de um bicho, em meio aos restos "civilizados", a vida dos peixes e outros animais é de acordo com a nossa, somos o reflexo do mundo, seja oco, sujo ou tolo, mas como o bom filho volta a casa do pai, um dia a merda volta, aí só lamento por todos.
Muito bom..
Fantástica sua poesia Rubens.
Abraços
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