em escuridão, víbora e ofensa.
Não existe artesão capaz de criar
tal espécie de ordem: tão escudo,
tão cristal, tão imersa nos fantasmas
da beleza, tão pressa ou precipício.
Deter-se neste rosto: remoer-se
como se fosse carne nos açougues.
Atar-se ao pescoço da discórdia:
corda intumescida no desprezo
de todo o tempo ser quase inocente,
quase sempre débil nos levantes
que o amor orquestra, antes de morrer
no exílio infalível do esquecimento.
11 comentários:
"... antes de morrer
no exílio infalível do esquecimento."
Gostei!
Bah, senti falta daqui.
Rubens
Esse poema é mesmo ciumento, um soco
lúcido e emocionado.
Se me permite uma sugestão,
retire o "se" do oitavo verso,
me parece que a sonoridade se aprimora.
Que achas?
Um abraço de tua agora assídua leitora
Falar assim, em versos, de um sentimento que se ressente, a mim proporciona uma nova reflexão sobre o ciúme.
Eita que a poesia atinge certo o coração.
Um abraço
ótimo poema.
Amigo!
Belíssimo poema.
P.S: Tenho medo de gostar, hehehe.
Rubens, o ciúme é a música do desvalidos e desafinados.
Por falar em desvalidos, desafinados e em ciúme, foi descoberto o ponto G. Confere lá no O Cubancheiro.
abçs
Hélio
gostei muito de sua poesia...
hospedei também, quando for para são bento me avisa, ok? tentarei trocar uma ideia la. abraço
Uma poesia maravilhosa, como um alquimista em êxtase, ao descobrir como transformar chumbo em ouro. Parabéns!
http://euversuseumesmablog.blogspot.com/
"O rosto do ciúme foi moldado na escuridão". O ciúme é o terrível monstro que apossando-se das almas inseguras, as tortura, debilita, massacra e as fez perder a razão.
Belíssima poesia.
Abraços
Caramba....que coisa!! Muito bom...gostei muito!!
[]sss
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