Ana quer meu relato
meu ato de sangue
meu casto incenso
Ana quer defumar-me
feito porco
em tiras, em postas
em respostas que não posso dar
pois Ana fantasma-se há anos em mim
suas palavras chilenas
seu nome completo
Ana Maria Fuenzalida
lidam com minhas fraquezas
meus silêncios impuros
lamento tanto esse muro
esse Andes de carne que faz de Ana
algo maior do que posso ver
talvez tudo isso
seja um tanto de distância
um tanto de desgosto perfurando
minha retina de arame
Ana talvez nada seja
além de um pássaro sobrevoando o Pacífico
além de uma mulher pedindo meu relato
o obtendo apenas
o meu pouco poema
16 fevereiro 2010
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10 comentários:
O poema fica pequeno se a Ana for grande, Rubens!
abraços
Hélio
Lindo poema. Gostei.
Rubens, li o texto sobre o carnaval. Não costumo acompanhar nada em relação ao carnaval, mas por acaso assisti o desfile da Protegidos e gostei. Se eu soubesse que estarias por lá teria prestado mais atenção, haha
Beijo
Muito bom o texto da semana e este poema é precioso. Poesia de verdade! Abraço
Se pode?
Nossa, seria uma grande honra pra mim.
Por favor, não deixe de me mostrar ele depois.
Amanda
Oi Rubens
..esse vinho é dos melhores, como é bom ter essa fonte!!!
saudade....
qual seu e-mail novo???
meu é maeles@finta.com.br
Obs. Minha poesia estranhou-se, pede-me outra primavera...sinto sua falta..bjs...
Nhá,,, gosto muito!
inda que doar um poema doa...
Abraços e aveludadas invenções!
tu e tuas personagens.
acho que já comentei isto em outro post.
faz mal, não.
gosto delas :)
abraço
belo poema e belo blog rubens! obrigado pelo seu olhar publicado!
abraço,
Gostei muito do seu 'muito' poema, Rubens.
Abraço
PS Fiquei com um dúvida: não seria "... E (ao invés de o) obtendo apenas o meu pouco poema"?
Que lindo o seu blog, Rubens.
Quanto a Ana, essa, que de forma instigante relatou em seu poema, só posso dizer uma coisa: amei.
Shalom;*
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